quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Laje de Santos II


Nesta sexta-feira (30) acontece o lançamento do livro Laje dos Sonhos, de autoria de Guilherme Kodja, do Instituto Laje Viva. O livro mostra com imagens a biodiversidade da Laje de Santos, o primeiro e único parque marinho dentre as Unidades de Conservação do Estado de São Paulo.

Segundo os mergulhadores brasileiros e estrangeiros que frequentam o local, o parque ocupa o quinto lugar na preferência nacional de pontos de mergulho.

Lançamento Laje de Santos, Laje dos Sonhos
Sexta-feira, 30/10, 19 horas
Livraria Realejo - Santos
Shopping Miramar - Gonzaga

Site do projeto: www.lajedossonhos.com.br

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Chega de boi

No dia em que se comemora o Dia Mundial da Alimentação quase perdemos a batalha para os bovinos. Sim, aqueles serem lindos, malhados, dengosos, mas que emitem metano constantemente, 23 vezes mais poluente que o CO2. Além disso, para que 1 quilo de carne chega a casa do consumidor foi emitada 1 tonelada de CO2 entre produção e transporte.

Estima-se que no Brasil exista 1 boi para cada 2 habitantes. No Mato Grosso do Sul a conta é assombrosa: 2,2 milhões de habitantes e 30 milhões de cabeça de gado. Quando não é o gado em si, as terras são utilizadas para produzir para os bovinos. Cerca de44% das culturas no país são destinadas para produzir alimentos para animais. A soja ocupa 23% das terras produtivas e metade desse contingente serve para exportação para alimentar gado no exterior.

Se há tanto gado é porque há demanda e quem está pedindo é o consumidor. E esse simples ato de optar por uma dieta baseada em proteína animal influencia diretamente no uso do solo, cuja modificação é a maior causa do Aquecimento Global. Não é necessario que a humanidade se torne vegetariana, mas que tenha consciência que suas escolhas têm consequências. Diminuir o consumo de carne bovina é uma questão de preservação e garantia de segurança alimentar.

Conforme definição, a Segurança Alimentar e Nutricional é a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis.

Com tanto gado, o conceito acaba caindo por terra. E de onde vem a demanda mesmo?

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Blog Action Day - Mudanças Climáticas


Blogueiros de mais de 130 países participam hoje (15/10) do Blog Action Day. Neste ano, o tema é Mudanças Climáticas, por estarmos há menos de dois meses da Conferência do Clima (07/12) em Copenhague, onde se discutirá políticas públicas de metas de redução de emissão de carbono.

Quando falamos em crise climática, devemos refletir sobre qual a contribuição de cada indivíduo na questão em cada um de seus papéis sociais, como consumidor, cidadão, governante, membro da iniciativa privada, legislador, defensor do meio ambiente, enfim, tantas outras funções que desempenhamos.

Cada um deve assumir o compromisso de diminuir seu rastro de carbono. Da parte governamental, deve-se acompanhar, sugerir, participar das discussões, encaminhar sugestões e tentar, de alguma forma, influenciar nas decisões. Este é o verdadeiro exercício da cidadania.

Se há algo de positivo na crise climática, creio que seja o fortalecimento dos movimentos sociais de todos os gêneros, discutindo e cobrando políticas eficientes para lidar com o problema. A questão passa por diversos níveis, desde planejamento familiar a consumo consciente e destinação adequada de resíduos e os atores envolvidos estão na mesa de conversa, basta observar o número de eventos pelo país sobre o tema nos últimos meses.

Para regionalizar o tema, aqui na região estamos observando a elaboração do Planejamento Ambiental Estratégico da Secretaria do Estado de Meio Ambiente. Conlcuído, o documento serivirá de base para determinar os locais mais adequados para instalação das indústrias que darão suporte à exploração de petróleo e gás, entre outras atividades. Os holofotes se voltaram para cá desde o anúncio do pré-sal, uma benção para uns, o colapso ambiental para outros.

Mais posts sobre o tema no blog coletivo Faça sua Parte.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Saúde, Previdência e afins

Assisti hoje (14) à tarde, na TV NBR, a divulgação do estudo do Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (IPEA) sobre a qualidade de vida e as conexões diretas com a Previdência. Fiquei atenta por conta das informações relevantes que foram apresentadas, como a taxa de expectativa de vida saudável, que chega a 52 anos para o homem e 60 para as mulheres. Sim, porque conforme os dados, após essa média começam os problemas de saúde, alguns crônicos.

O que isso diz respeito ao Meio Ambiente? De certo forma, parcialmente, uma vez que o próprio assessor admitiu que a Crise Climática pode trazer consequências ainda não previstas nos estudos, porém certas. Os níveis de CO2 e metano emitidos nas grandes cidades têm sido vilões para a qualidade de vida, desencadeando processos alérgicos respiratórios, conforme o próprio Ministério da Saúde.

Em tempo, seguem as conferências estaduais de Saúde Ambiental pelo país, com Conferência Nacional agendada para dezembro, em Brasília.

Pesca e Meio Ambiente juntos

Decreto publicado hoje (14) no Diário Oficial da União institui a gestão compartilhada dos ministérios da Pesca e Aquicultura e do Meio Ambiente para tratar do uso sustentável dos recursos pesqueiros. Conforme a publicação, as normas, critérios, padrões e medidas de ordenamento vão definir a forma de exploração pela pesca comercial, amadora e de subsistência.

Entre as atribuições da gestão compartilhada estão regimes de acesso, a captura total permissível, o esforço de pesca sustentável, os períodos de defeso, as temporadas de pesca, as áreas interditadas ou de reservas, as artes, aparelhos, métodos e sistemas de pesca e cultivo e a proteção de indivíduos em processo de reprodução ou recomposição de estoques.

Vale lembrar que na APA Marinha Litoral Centro, onde estamos, o Conselho vem trabalhando no sentido de trazer demandas para discussão, levantar informações técnicas, pesquisas, e daí devolver à Secretaria Estadual de Meio Ambiente as sugestões para regramento da APA.

O Mosaico das APAS Marinhas do Estado de SP foi criado a partir de decreto de lei em 8 de outubro de 2008 e a função é justamente a mesma. Como a publicação inclui a criação de uma Comissão Técnica da Gestão Compartilhada dos Recursos Pesqueiros (CTGP), poderia gerar sobreposição de atribuições. Porém, o Conselho é o gestor da APA, com representatividade de sindicatos, entidades de classe, comunidades envolvidas, universidade e governo, portanto com legitimidade para dar encaminhamento.

sábado, 10 de outubro de 2009

Time for Climate Justice

Indústria quer pé no freio na COP15

A Federação das Indústrias do Estado de SP (Fiesp) pede cautela na tomada de posição do Brasil na Conferência das Partes do Clima (COP15) em Copenhague, em dezembro. Segundo o presidente da Fiesp, Paulo Scaff, compromissos assumidos pelo País na COP 15 não podem inviabilizar o crescimento.

Traduzindo em miudos, devagar com andor. Scaff acredita que uma boa estratégia seria aguardar o anúncio das metas dos países desenvolvidos para se pronunciar.

Enquanto isso, os movimentos ambientalistas lutam por uma postura firme do Brasil na COP15. A Campanha TicTacTicTac continua com ações de conscientização, outros organinismos dos mais diversos incentivam a discussão com palestras, como o evento nesta terça-feira em São Paulo, promovido pela Carta Capital e Envolverde, Diálogos Capitais.

Cautela é sempre bom, porém o momento é de enfrentamento pela sobrevivência, uma vez que a crise climática é uma realidade e atinge milhões de habitantes por todos os continentes.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Alberta é aqui?

Especial Toxic na MTV
O que a província de Alberta (Canadá) e a cidade de Santos (litoral de SP) têm em comum? O especial Toxic que a MTV apresenta hoje, às 23h30, mostrará as semelhanças entre as localidades.

Basicamente, as duas vivem o boom da descoberta do petróleo e as promessas de riquezas que esse tesouro poderia trazer para o desenvolvimento (ou desgraça) social local. No caso de Alberta, a área explorada é em areia betuminosa e corresponde ao estado da Flórida (170.451 km²), quase o estado do Amapá.

Já a Bacia de Santos, que engloba outros estados, a área total do pré-sal é 149 mil quilômetros quadrados e em águas pra lá de profundas, a cerca de 5 mil metros abaixo do nível do mar.

É ver para saber e comparar. Dá pra assistir na VBS.com
Toxic, Alberta, VBS.com

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Ações da APA Litoral Centro

Saiu, no último dia 29, a publicação da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo acatando o encaminhamento do Conselho das APAS Marinhas de São Paulo sobre a proibição da pesca de arrasto de parelha em toda a área do Mosaico das Unidades de Conservação (UCs). Há uma observação em relação à APA Litoral Centro, onde estamos, conforme lembra o Gestor Marcos Campolim.

"Em decorrência da frota estar sediada nesta região e ser a mais produtiva, ficou proibida abaixo da isóbata de 23,6 metros (linha de mesma profundidade no mar) com considerações: ter observador de bordo (pesquisador), ter PREPS (rastreamento por satélite) e ser estudada dimensões das redes. Parelhas ainda podem atuar em parte da APA com acompanhamento de pesquisas", destaca Campolim.

A proposta foi respaldada por estudos técnicos apresentados ao Conselho pelo Instituto de Pesca, além da definição de zoneamento construído junto aos pescadores artesanais do Guarujá, em parceria com o Instituto Maramar. A proposta está também alinhada com a exclusão de parelhas prevista na Lei 10.19/98 do Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro. A medida visa o uso sustentável dos recursos marinhos.

Esta foi a primeira de uma série de normatizações concebidas dentro dos Conselhos Gestores das 3 APAS (Norte, Litoral Centro e Sul).