Participei no último dia 14 do III Encontro Latino - Americano e Caribenho da Rede de Governos Regionais para o Desenvolvimento Sustentável (nrg4SD). Foram mais de 4 horas de apresentações sobre como as redes regionais mundo afora estão lidando com as mudanças climáticas localmente. Excelente oportunidade para conhecer realidades como a da Ilha de Sumatra, na Indonésia, de Toscana, na Itália, país Basco, na Espanha, Santa Fé, na Argentina, Região Metropolitana da Cidade do México, província de Western Cape, na África do Sul, e das ações em São Paulo.
As palestras foram marcadas pela questão social das mudanças climáticas. Como destacou Ricardo Sánchez Sosa, Diretor Regional do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) para a América Latina e o Caribe, "os governos conhecem os problemas por nome e sobrenome" e os países desenvolvidos devem fornecer tecnologia para que as nações em desenvolvimento possam avançar de forma sustentável. Na opinião de Sosa, os recursos são insuficientes para o desenvolvimentos de tais tecnologias. Sosa apontou também a eficiência energética como um fator primordial, além da eficiência na produção das indústrias.
A ministra do Meio Ambiente da África do Sul, Tasneem Essop, preferiu enfatizar a urgência da tomada de ações. "Precisamos de ações práticas e imediatas", lembrando que as nações mais pobres serão as mais afetadas pelas mudanças climáticas. "As mudanças climáticas são uma questão de probreza", defendeu.
Sem agir, os países não conseguirão atingir as metas do milênio, segundo a ministra. O pior, na visão da representante sul-africana, é a inércia que pode acometer a sociedade frente à grandiosidade do tema. "É um problema tão grande que nós acabamos não fazendo nada, sentimo-nos impotentes", analisa.
Localmente, em São Paulo, as ações estão voltadas para a divulgação do inventário paulista de emissões de CO2. O documento, apresentado pelo secretário estadual de meio ambiente, Francisco Graziano, aponta que as emissões de CO2 no estado, no ano de 2006, foram de 81 milhões de toneladas, o que corresponde a 2 toneladas por habitante do estado. Do total, 43 milhões por deslocamento (transporte aéreo e viário) contra 38 milhões de toneladas emitidas pelo setor industrial. Entretanto, mais de 77% das emissões das indústrias são de combustíveis de fontes renováveis. As maiores emissoras de CO2, segundo o inventário, são empresas siderúrgicas e petroquímicas, responsáveis por 60% do total das emissões.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário