Anúncios da Petrobras tiveram sua veicução suspensa por decisão do Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar) hoje, em sessão à portas fechadas, como relata o portal São Paulo Nossa Cidade. Conforme o parecer do órgão, através dos comerciais a Petrobras divulga a idéia falsa de que a estatal tem contribuído para a qualidade ambiental e o desenvolvimento sustentável do país.
É a primeira vez que o país avança em relação ao questionamento das empresas "green-wash", ou seja, de "marketing verde", que tem um discurso, mas na prática suas ações não são sustentáveis, são apenas atividades pontuais, ou, em muitos casos, compromissos "para inglês ver".
Tudo isso por conta da quantidade de enxofre presente no diesel distribuído pela estatal, que chega a 500 ppm (partículas por milhão) nas regiões metropolitanas. A resolução 315/2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) determina que, a partir de 1º de janeiro de 2009, o diesel comercializado no Brasil contenha, no máximo, 50 partes por milhão de enxofre (ppm S). A substância, altamente cancerígena, é responsável pela morte de 3 mil pessoas por ano somente na capital paulista.
A ação foi movida por entidades governamentais e não-governamentais, como as secretarias estaduais de meio ambiente de São Paulo e Minas Gerais, do Verde e Meio Ambiente do Município de São Paulo, o Fórum Paulista de Mudanças Climáticas Globais e de Biodiversidade, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o Greenpeace, a ONG Amigos da terra – Amazônia Brasileira, o Instituto Akatu, o Movimento Nossa São Paulo, a SOS Mata Atlântica, a Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável – FBDS, e o IBAP – Instituto Brasileiro de Advocacia Pública.
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