Lançado no dia 3 de outubro, o Pacto pela Valorização da Floresta e pelo Fim do Desmatamento na Amazônia prevê mecanismos de conservação e desenvolvimento sustentável conforme as especificidades da região. O documento apresentado ao governo é fruto de trabalho de nove ONGs e a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, além da Frente Parlamentar Ambientalista.
Para quem mora em São Paulo, tão distante geograficamente da Amazônia, é possível ganhar em qualidade de vida quando as medidas entrarem efetivamente em vigor. Isso porque a quantidade de chuvas no estado de São Paulo é determinado por influência da umidade na Amazônia, por exemplo, conforme pesquisas do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
O pacto propõe soluções de desenvolvimento sustentável a longo prazo, conforme um de seus criadores, o economista Carlos Eduardo Young, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Para Young, o grande vilão do desmatamento é a pecuária. "Estamos queimando riquezas para colocar 1 boi por hectare", afirmou em participação no Globo News Painel (13).
O grande desafio, como foi colocado no programa, é equacionar o desenvolvimento levando em consideração a economia local e o uso sustentável da floresta. Estavam presentes, além de Young, Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental (ISA), Ademar Ribeiro Romeiro, economista da Universidade de Campinas (UNICAMP).
Vivemos um paradoxo de termos a energia mais limpa, proveniente de hidrelétricas, e sermos o 4º maior emissor de gases de efeito estufa, por conta do desmatamento. Como destacou Romeiro, especialista em economia ecológica, "as próximas gerações não vão nos perdoar por termos transformado a Amazônia em um grande pasto".
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