terça-feira, 29 de abril de 2008

Quanto custa frear o aquecimento global

'Somos ricos o suficiente para alterar o rumo do aquecimento', afirma Jan Corffee-Morlot, economista da OCDE e co-autora da pesquisa Perspectivas para o Meio Ambiente, em entrevista ao Estadão. Segundo a economista, 1% do PIB reduziria em quase dois terços o crescimento das emissões de gases de efeito estufa nas próximas duas décadas.

10 melhores sites verdes

A classificação é do blog da Revista Época, Blog do Planeta, e o Faça a sua Parte está lá (e eu também :-)
Lá está tb o registro na nossa blogagem coletiva pelo Dia Mundial da Terra.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Buscador verde


Sugestão da Agatha, o buscador Ecoogler é uma alternativa ecológica na web. Com as mesmas ferramentas de buscas do Google, o site contabiliza como uma folha cada busca feita. Cada 10 mil folhas representam uma árvore plantada na Amazônia.

Não é mágica, é uma parceria feita entre o Google e a Ong suíça Aquaverde. A organização tem como foco a preservação das águas na região da Amazônia. Pelo sim, pelo não, não custa mudar de buscador, uma vez que os resultados obtidos são os mesmos.

domingo, 27 de abril de 2008

Núcleo de Jornalismo Ambiental de Santos é lançado

Fortaleza da Barra GrandeFoto: Carol Marchioli (link galeria/

O 1º Encontro de Jornalismo Ambiental da Costa da Mata Atlântica marcou o lançamento do Núcleo de Jornalismo Ambiental de Santos. Com o objetivo de propor discussões sobre o tema, o Núcleo levou profissionais de jornalismo até a Fortaleza da Barra Grande (foto), em Guarujá, ontem (26), para dialogar com interessados de diversas áreas.

O ponto de convergência apresentado pelos palestrantes foi o desconhecimento dos jornalistas em relação ao tema meio ambiente. Para o assessor de imprensa da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, José Alberto Pereira Sheik, o jornalista precisa se informar mais, pesquisar sobre a pauta antes de se lançar na entrevista com a fonte. “Leiam, aprendam os conceitos”, sugere Sheik. “Vejo muita paixão e pouca informação nos recém-formados”, avalia.

No entendimento de Sheik, as discussões sobre o tema abrangem diversas áreas e os problemas devem ser discutidos em conjunto. Para Sheik, a questão do meio ambiente é de preservação da espécie e da sua cultura. “Não há como discutir meio ambiente separadamente de cultura”, aponta.

Defendendo a prática na redação, o jornalista do caderno Porto & Mar de A Tribuna, Diogo Caixote, assumiu o despreparo dos colegas. “As empresas passam as informações de ações ambientais e a imprensa ‘compra’ e publica. Poucos são os repórteres que vão atrás, que têm conhecimento e questionam os dados. É preciso não perder o senso de indignação e crítica”, afirma.

O repórter listou ainda diversos assuntos que merecem destaque na mídia por conta dos impactos ambientais com a ampliação dos portos, como a dragagem, a preservação do mangue, despejo da água de lastro – ainda sem normatização e fiscalização adequada –, e a dificuldade que a imprensa enfrenta para pautar meio ambiente nas questões de porto.

Trazendo a ótica da biologia, o professor de Biologia e vereador de Santos, Fabio Nunes (PSB), fez uma retrospectiva da discussão sobre meio ambiente, voltando até a Carta de Pero Vaz de Caminha, citando um dos trechos que ilustrava “aqui se plantando tudo dá”. Na opinião do biólogo, encarar as riquezas do país como abundantes e infinitas, nos dias de hoje, é um erro, por isso é preciso entender o tema pela transversalidade, envolvendo áreas distintas e avaliando os impactos para o planeta.

A participação da Organização Não-Governamental (ONG) Amigos da Água incorporou o lado lúdico para lembrar da qualidade da água que consumimos, um assunto que agrega todo o planeta. Miguel Scandon, presidente da ONG, apresentou uma maquete de gesso de um bebê em posição fetal para lembrar que água é vida, que nascemos através dela e nos nutrimos dela para subsistir.

Posse

Na cerimônia de posse, o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, José Augusto Camargo, destacou a importância da formação continuada do jornalista, e a relevância no contexto nacional do Núcleo, único no país como instância do Sindicato dos Jornalistas.

Nilson Regalado, diretor da regional de Santos, chamou a atenção para a oportunidade do tema, citando como exemplo o abalo sísmico da última terça-feira (22), que atingiu a Baixada Santista e outros pontos no Sudeste. Segundo Regalado, as informações precisam ser precisas, consistentes e a cobertura de meio ambiente não deve esbarrar no alarmismo. Como membro do conselho consultivo, acrescentou ainda a discussão proposta pelo Núcleo de entender o papel do jornalista a partir de agora, nesse cenário.

Os objetivos do Núcleo foram apresentados por Marcelo Di Renzo (UniSantos), membro do conselho consultivo tripartite. Entre os destacados:

• Estimular e capacitar à prática profissional jornalística ética, crítica e consciente voltada à defesa sócio-ambiental;
• Trabalhar pela educação ambiental dos associados e não-associados e pela capacitação comunicacional de agentes públicos envolvidos na questão sócioambiental;
• Atuar em favor da implantação de políticas públicas sócio-ambientais;
• Acompanhar a atividade jornalística regional, de modo sistêmico, amparado em metodologia específica, tornando público o resultado aferido;
• Contribuir com a difusão de informações jornalísticas pertinentes às práticas sócio-ambientais.

A expectativa da Coordenadora Geral do Núcleo, Marina Medina, é de que o Núcleo possa fazer um intercâmbio de conhecimento muito maior do que o que acontece hoje, por meio de palestras, debates, fóruns, visitas técnicas e publicações que iremos produzir. “O Núcleo vai ser um grande centro de informações. Quem participar vai apurar o olhar e enxergar a transversalidade que existe quando o assunto é nosso ambiente”, destaca.

Na seqüência, tomaram posse a Coordenadora Geral, Marina Medina; o Coordenador de Projetos, Telmo Toledo; a Coordenadora de Comunicação, Catharina Apolinário; a Coordenadora de Formação Profissional e Cultura, Luz Fernández; a Secretária, Paula Nobre, e os conselheiros consultivos, Miguel Scandon, (ONG Amigos da Água), Marcelo Di Renzo (UniSantos) e Nilson Regalado (regional de Santos do Sindicato).

sexta-feira, 25 de abril de 2008

The 11th hour

Por sugestão da minha amiga Deinha, fui atrás do filme do Leonardo DiCaprio. O que mais curti, pelo que vi nos trechos no You Tube, é que mostra não somente a questão crítica, da 11ª hora (em inglês são apenas 12 horas, dividas em "am" e "pm"), mas as soluções e idéias pra agir agora.

A seguir, um especial produzido para o You Tube, com trechos do filme e apresentação do próprio DiCaprio.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Cetesb divulga inventário de CO2

Conforme anunciado em seminário em março passado, a Cetesb divulgou a lista das 100 maiores indústrias emissoras de CO2. As oito primeiras colocadas são responsáveis por 63% do total de emissões do Estado de São Paulo, o que equivale a mais de 18 milhões de toneladas de CO2 por ano.

Encabeçando a lista está a Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa), emitindo 6,36 milhões de toneladas de CO2 por ano. Em segundo lugar, as empresas da Petrobras. O relatório completo em PDF pode ser conferido no site da Cetesb.

Vale lembrar que esse inventário diz respeito à emissão de gases e não de todo o passivo ambiental das empresas.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Tremor em Santos


Achei que era o efeito do remédio que havia tomado para sinusite, quando percebi que o computador estava tremendo. Infelizmente, não era. O tremor 5,2 graus na escala Richter foi sentido aqui em casa, na região do Gonzaga, em Santos, há várias quadras da praia. O epicentro do fenômeno ocorreu a 270 quilômetros da costa da Baixada Santista.

O mais estranho é que achei que o comportamento do mar estava peculiarmente diferente no início da tarde, quando voltava pra casa. Sei lá, intuição. Veja o que saiu no Estadão:

Tremor de 5,2 de magnitude atinge vários pontos de São Paulo

Record News entrevista sismólogo da Universidade Nacional de Brasília (UNB):
Terra treme em SP
Relatos em Santos

Veja também no Google Map (foto acima)

E onde vocês estavam? Sentiram o tremor?

Núcleo de Jornalismo Ambiental

1º Encontro de Jornalismo Ambiental da Costa da Mata Atlântica marca lançamento do Núcleo de Jornalismo Ambiental

Debater a prática jornalística por uma maior consciência socioambiental ética no País a partir de atuações regionais. Esse é um dos objetivos do 1º Encontro de Jornalismo Ambiental da Costa da Mata Atlântica, marcado para o próximo dia 26, às 14 horas, na Fortaleza da Barra. O evento será o marco inicial de atuação do Núcleo de Jornalismo Ambiental ligado ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo.

Entre os convidados, farão parte da mesa de debate os jornalistas José Alberto Pereira Sheik, chefe de comunicação na Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Adalberto Marcondes, diretor da Agência Envolverde e Cleinaldo Simões, gerente da Cleinaldo Simões Assessoria de Comunicação.

“É um segmento relativamente novo do jornalismo que ainda não foi debatido com a profundidade que merece. Cidadania não é só votar ou discutir política. É discutir também a nossa relação com o meio ambiente. E os jornalistas demonstram esse senso apurado de cidadania ao colocar na ordem do dia essa temática”, frisa o jornalista e diretor regional do Sindicato Nilson Regalado.

No saguão de entrada, na Fortaleza, haverá uma exposição fotográfica de Du Zuppani, consagrado profissional especializado em meio ambiente, que trará imagens exuberantes da vida animal e vegetal de diversas partes do país.

Para a travessia dos participantes, as barcas vão estar disponíveis a partir das 13 horas. As saídas ocorrerão da Ponte Edgar Perdigão, na Ponta da Praia, até as 14 horas, horário de início previsto do evento.

Focado também na valorização do trabalho em rede, o evento contará com a colaboração de alunos de Relações Públicas da UniSantos, responsáveis pela organização e orientação dos participantes na ponte de embarque e no local do encontro.

Interessados devem se inscrever até o dia 25 no Sindicato dos Jornalistas pelos telefones 3219-4359 e 3219-2546.

Serviço
Data: 26/04
Horário: 14 horas (travessia das 13h às 14h)
Local: Fortaleza da Barra
Inscrições gratuitas abertas até dia 25/04.
Vagas limitadas.
Informações e inscrições pelos telefones 3219-4359 e 3219-254

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Dia Mundial da Terra



São cerca de 6 bilhões consumindo o planeta desenfreadamente. E tanto eu, como você, fazemos parte desse contingente. Mas a maneira como fazemos uso dos recursos naturais é o que pode nos marcar para a história como a sociedade do carbono, que quase colocou tudo a perder, ou a sociedade do consumo consciente, que tomou as rédeas de volta para uma relação saudável com sua nave-mãe.

No dia 22 de abril, Dia Mundial da Terra, reflita, repense e aja. Depende de cada um de nós reescrever a nossa história - com final feliz e sustentável, preferencialmente.

Aproveito para colocar o link da Carta da Terra novamente, para refrescar a memória.

Blogagem coletiva Faça a Sua Parte

sábado, 19 de abril de 2008

ORAÇÃO DA ÁRVORE

Tu que passas e ergues para mim o teu braço,

Antes que me faças mal, olha-me bem.

Eu sou o calor do teu lar nas noites frias de inverno;

Eu sou a sombra amiga que tu encontras

Quando caminhas sob o sol de agosto;

E os meus frutos são a frescura apetitosa

Que te sacia a sede nos caminhos.

Eu sou a trave amiga da tua casa,

A tábua da tua mesa, a cama em que tu descansas

E o lenho do teu barco.

Eu sou o cabo da tua enxada, a porta da tua morada,

A madeira o teu berço e o aconchego do teu caixão.

Eu sou o pão da bondade e a flor da beleza.

Tu que passas, olha-me e não me faças mal.


Veiga Simões, Arganil, Portugal, 1914

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Conar suspende anúncios da Petrobras

Anúncios da Petrobras tiveram sua veicução suspensa por decisão do Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar) hoje, em sessão à portas fechadas, como relata o portal São Paulo Nossa Cidade. Conforme o parecer do órgão, através dos comerciais a Petrobras divulga a idéia falsa de que a estatal tem contribuído para a qualidade ambiental e o desenvolvimento sustentável do país.

É a primeira vez que o país avança em relação ao questionamento das empresas "green-wash", ou seja, de "marketing verde", que tem um discurso, mas na prática suas ações não são sustentáveis, são apenas atividades pontuais, ou, em muitos casos, compromissos "para inglês ver".

Tudo isso por conta da quantidade de enxofre presente no diesel distribuído pela estatal, que chega a 500 ppm (partículas por milhão) nas regiões metropolitanas. A resolução 315/2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) determina que, a partir de 1º de janeiro de 2009, o diesel comercializado no Brasil contenha, no máximo, 50 partes por milhão de enxofre (ppm S). A substância, altamente cancerígena, é responsável pela morte de 3 mil pessoas por ano somente na capital paulista.

A ação foi movida por entidades governamentais e não-governamentais, como as secretarias estaduais de meio ambiente de São Paulo e Minas Gerais, do Verde e Meio Ambiente do Município de São Paulo, o Fórum Paulista de Mudanças Climáticas Globais e de Biodiversidade, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o Greenpeace, a ONG Amigos da terra – Amazônia Brasileira, o Instituto Akatu, o Movimento Nossa São Paulo, a SOS Mata Atlântica, a Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável – FBDS, e o IBAP – Instituto Brasileiro de Advocacia Pública.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Museus do Planeta Aquecido

Uma mostra itinerante e interativa sobre o aquecimento global estará em Santos a partir de hoje até 15 de maio. Com quatro museus diferentes, os estudantes poderão ter uma visão das conseqüências da crise climática em várias esferas.

O Museu da Água traz a temática do desperdício. Junto a cada objeto, o visitante terá informações de como usar a água de forma consciente e correta.

No Museu da Biodiversidade Ameaçada será possível visitar uma espécie de cemitério dos vegetais e animais em extinção.

O Museu das Culturas Extintas levará o público à percepção sobre as mudanças socioeconômicas e culturais oriundas dos impactos na agricultura e pecuária.

Já o Museu dos Refugiados Ecológicos mostrará o impacto que determinadas populações sofrerão em função das alterações climáticas. A mostra terá a ambientação de povos refugiados em situação de desastre ecológico.

Manual de Sobrevivência
No final da visita, os estudantes receberão título de Agente do Desaquecimento Global e também instruções para acessar o site do projeto, que traz um manual com 60 ações individuais e coletivas para o desaquecimento global.

SERVIÇO:
Mostra Museus do Planeta Aquecido
UNISANTOS - Campus Dom Idílio Soares (acesso pela Rua Constituição, 321)
15/04 a 15/05, das 8h30 às 17h
Informações e agendamento para escolas: (13) 8124-9390.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Biocombustível ou comida?

"Crime contra a humanidade" é a definição do relator da Organização das Nações Unidas, Jean Ziegler, anunciada nesta segunda-feira, 14, em uma entrevista à Rádio Televisão de Baviera. A justificativa é que o uso de biocombustíveis se tornou um em vista dos problemas que o mundo enfrenta atualmente com o preço dos alimentos.

Já o Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, defende que o Brasil não corre risco de enfrentar escassez de alimentos por causa do cultivo de áreas para a produção de biocombustível.

“A produção de biocombustível não é crime contra a humanidade, desde que seja planejada de forma correta, como o Brasil está fazendo, com uma política energética definida e a criação do zoneamento agroecológico ambiental”, conforme matéria na Agência Brasil.

O Globo News Painel da semana fala justamente sobre isso, com Xico Graziano, Fabio Feldmann e Ademar Riberio Romeiro, da Unicamp.

domingo, 13 de abril de 2008

Encontro das Agendas 21 da BS

Agendas locais se integrarão em rede regional
Foto: João Malavolta (Ecobservatório)
Mais fotos aqui

A reunião dos representantes das Agendas 21 das nove cidades da Baixada Santista aconteceu ontem (12), no Casa Grande Hotel, em dia ensolarado. Os presentes apresentaram o andamento de seus trabalhos e seguiu-se a rodada de discussões.

A pluralidade é sempre riquíssima nesses encontros e a troca de informações gera novas idéias e novos posicionamentos e ações. E o fortalecimento político através da rede é fundamental. As ações do Programa Agenda 21/MMA, prioridades para 2008 e iniciativas no plano internacional, nacional e local foram apresentadas por Ubirajara Silva, da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC) do Ministério do Meio Ambiente, que falou ainda da articulação com a rede Mercocidades e a construção de uma estratégia para a pauta "Agenda 21" no plano internacional que vem sendo discutida entre Brasil(MMA) e França(Comitê 21).

Durante o evento defendeu-se o fortalecimento da agenda 21 através da rede regional da Baixada Santista, traçando objetivos comuns para a região como um todo e deixando questões pontuais para as agendas locais (municipais). Idéias defendidas também por Silvia Bacelar, autora de um trabalho acadêmico no qual faz uma análise detalhada das Agendas 21 locais da Baixada Santista.

Os municípios encontram-se em estágios diferenciados da elaboração do documento e cada Agenda tem sua particularidade. Há alguns pontos em comum apresentados pelos representantes, como a complexidade da compreensão da Agenda 21 e a falta de apoio e verbas específicas para a elaboração das Agendas.

Em Bertioga, por exemplo, o crescimento vertiginoso da população e as ocupações irregulares são os principais problemas. Segundo uma das representantes, Marie Murakami, a maior dificuldade é a pulverização durante o processo de elaboração da agenda. Mesmo assim, realizam ações pontuais de educação ambiental com crianças, como o Dia Mundial sem carro.

Para pressionar o poder público local, o grupo propõe a revisão do Plano Diretor a fim de que as questões ambientais sejam contempladas. Conforme Marie, atualmente a sociedade está mais consciente e há uma solicitação de palestras sobre meio ambiente e Agenda 21.

Cubatão é a única cidade que já tem seu documento pronto e redigido há 1 ano e seis meses. Englobando 17 temas, entre eles saúde, cultura, transporte, a Agenda foi elaborada a partir de conselhos consultivos, com pelo menos um especialista em cada tema. Ao todo, existem 282 projetos apresentados na cartilha.

O município de Guarujá está atuando desde agosto de 2006. Conforme o relato de Andréia Estrella, os trabalhos são conduzidos em três grandes eixos: bairros, escolas e economia solidária. Recentemente a cidade realizou a Festa da Terra, um encontro estudantil com uma gincana solidária. Todas as atividades tiveram caráter de colaboração, e não competição. Assim, aplicou-se na prática o conceito de redes, como sugere a dinâmica da Agenda 21.

As crianças de 6º a 9º ano (5ª a 8ª séries) elaboraram uma carta de princípios para empresas receberem um selo verde. Todo o material, inclusive o logo, foi elaborado pelas crianças.

Em Itanhaém, a Agenda recebe um caráter de força juvenil com o Ecosurfi e o Coletivo Jovem Caiçara. Há diversas ações pontuais de preservação da natureza, turismo ecológico e muita discussão e atividades realizadas em conjunto em núcleos com vários temas, além do apoio do poder público e do Condema, como destacou João Malavolta.

Mais ao sul, em Peruíbe a preocupação é com o Guaraú, uma área de proteção ambiental que precisa receber atenção maior pela sua atual ocupação. Segundo Carlos Bianchi, da Secretaria de Agricultura, Pesca, Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente, a decisão foi ter como ponto inicial a elaboração da Agenda 21 do Grupo Ecológico do Guaraú, que envolve um parque, uma estação ecológica e algumas famílias, escolas, posto médico, entre outros aparelhos públicos.

O município coloca em prática um modelo novo no estado, de mosaico, com diversas unidades, de desenvolvimento sustentável, de conservação, entre outras. O principal empecilho, segundo Bianchi, é fazer valer o atual Plano Diretor e conciliar desenvolvimento e crescimento.

Em Praia Grande, a Assereco tomou a frente da Agenda levando informação a todos os cantos, com palestras e vídeos divulgados pelo You Tube, em uma linguagem de simples assimilação. Na opinião de Cláudio Ramos, presidente da instituição, é preciso que a informação chegue para que a população tome conhecimento de situações graves, como o nível de degradação e poluição dos mangues.

Depois de uma tentativa em anos anteriores, Santos volta com todo vigor aos trabalhos de elaboração da Agenda 21. O modelo optado pelo município foi o de câmaras setoriais, ao todo sete. A tarefa de cada câmara é apresentar temas para incluir no documento. Além das câmaras, há três representantes do poder público participando: secretário de governo, de planejamento e meio ambiente.

De acordo com Marina Medina, o fato de Santos já possuir 24 conselhos municipais que discutem a cidade facilita os trabalhos, pois é uma questão de trazer para a Agenda as discussões em andamento.

Em São Vicente os trabalhos estão bastante avançados. A diretora de Meio Ambiente, Lenita Lichti Martins, apresentou a estrutura, composta de grupos de trabalhos que realizam pré-diagnósticos para a coordenação. Há 51 membros participantes do processo, 26 da sociedade civil e 25 do poder público.

Durante a apresentação, Lenita apontou problemas como a baixa renda da população. Segundo dados, a cidade tem a menor renda per capta da região, além de ser o 9º município mais pobre do Estado. Por isso, as propostas precisam ser transformadas em PLDS (Plano Local de Desenvolvimento Sustentável).

A avaliação do andamento da Agenda, segundo metodologia aplicada, é que o processo é lento, mas o envolvimento da sociedade é bastante forte e há produção de PLDS de elevada qualidade. A estimativa é que São Vicente consiga entregar o documento no próximo dia 5 de junho.

O próximo encontro acontecerá no dia 17 de maio, em Itanhaém, em local a ser definido. Na ocasião, serão apresentados os nomes que integrarão a Rede de Agendas 21 da Baixada Santista e Litoral Norte, sendo um representante da sociedade civil e outro do poder público.

Notícia atualizada dia 15/04, às 22h.

Troque as lâmpadas e as leis

O incansável Al Gore acaba de lançar seu nove slide show com o seguinte mote: "Change the light bulbs and the laws" (troque as lâmpadas e as leis). Desta forma, entra a questão da cobrança sobre o poder público em relação à crise climática. Claro que cada um tem que fazer sua parte, mas as políticas públicas são fundamentais.

Há dados bastante interessantes na apresentação. Um deles me chamou bastante a atenção para saber que a mídia norte-americana anda dando pouca atenção ao aquecimento global nos debates com os presidenciáveis. A abordagem do tema é irrisória, na proporção de 450 para 2. Em alguns casos até menos.

Assista à apresentação aqui

sábado, 12 de abril de 2008

Quem recicla, afinal?

Não é com espanto que li a matéria publicada em A Tribuna que aponta que cerca de 2% da população recicla o lixo em Santos. Por outro lado, houve um aumento na demanda este ano, conforme trecho da matéria publicada no último dia 10. A cidade produz em média 13.200 toneladas de lixo doméstico por mês.

Na opinião de André Vilhena, diretor executivo do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), o problema é a falta de informação que a população tem sobre o programa de coleta seletiva. Mas Santos possui um número grande de cooperativas de catadores e ainda avulsos, o que faz com que Vilhena estime que o volume real de reciclagem seja cinco vezes maior que o oficial.

Leia trecho da matéria a seguir:

CRESCIMENTO

Somente no primeiro mês do ano, Santos registrou um aumento em torno de 41% no recolhimento de resíduos recicláveis. Em janeiro foram recolhidas 206,77 toneladas de material reciclável, contra 145,72 toneladas no mesmo período do ano passado. O número é o maior índice mensal desde a implementação do programa Coleta Seletiva.

Conforme o último balanço do Departamento de Apoio à Limpeza Pública (Deap), da Prodesan, em março foram coletadas 189,93 toneladas. No entanto, depois de passar pela Usina de Separação de Material, o peso líquido ficou em 151,30 toneladas.

Segundo Paulo Matsumoto, gerente do Deap, ‘‘tem muita coisa que vem e não é reciclável’’ — algo em torno de 20%.

Íntegra: http://atribunadigital.globo.com/bn_conteudo.asp?cod=350724&opr=103

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Você se considera "verde"?

Na enquete da semana, a pergunta foi: você se considera um cidadão “verde”, com hábitos sustentáveis? Do total, 63% dos freqüentadores do Carbono Zero se consideram parcialmente “verdes”. Em contrapartida, 27% classificam-se como totalmente “verdes”. E apenas 2% acham que não chegam a nem 5% “verdes”. O importante é buscar formas para se “esverdear” ao máximo.

Encontro Agenda 21 BS

Acontece no próximo sábado o Encontro das Agendas 21 da Baixada Santista. O objetivo é implantar o Grupo de Trabalho de Desenvolvimento Sustentável da região Metropolitana da Baixada Santista a partir da mobilização dos Fóruns de Agenda 21 dos municípios da região.

Quando: dia 12/04
Onde: Casa Grande Hotel – Praia da Enseada – Guarujá
Horário: 9h às 13h30