segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Muita gente, pouca conversa

Pós COP-15, vamos digerindo os acontecimentos. Bem lembrado pelo geógrafo Aziz Ab'Sáber, em entrevista para Terra Magazine, quando há mais de 1.000 pessoas para discutir um assunto não há conversa, e sim explanação de alguns. Foi isso que aconteceu em terras dinamarquesas, além do fato de que a crise climática virou bandeira política e deixou de ser questão ambiental.

Na opinião de Ab`Saber, contrário ao que se tem divulgado o aquecimento global não vai acabar com a Amazônia e a Mata Atlântica, pois o aquecimento e o aumento de CO2 favorece a floresta. Sem papas na língua, o especialista dispara que a COP-15 foi uma farsa.

Voz dissonante
Para não dizer que não democrática, listo ainda outra entrevista enviada pelo amigo Pedro Martins, jornalista ambiental, na qual o meteorologista da Universidade Federal de Alagoas, Luiz Carlos Molion, afirma categoricamente que o aquecimento global não passa de intriga de ianques para retardar o crescimento das nações em desenvolvimento, uma espécie de eco-neocolonialismo.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Amanhã é segunda, sem carne!



Segue a campanha da Sociedade Vegetariana Brasileira(SVB). Assista à matéria no programa da RBS TV, no Rio Grande do Sul: http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=93254&channel=45

O consumo de carne tem um impacto direto no agravamento do aquecimento global, por conta da mudança do uso do solo e do processo de produção e transporte da carne. Para que 1 quilo de carne chegue a sua casa, foram emitidas 1 tonelada de CO2, sem contar no gás metano (CH4), 23 vezes mais poluente que o dióxido de carbono (CO2).

Veja ainda a entrevista que a Marly Winckler, presidente da SVB, concedeu ao The Guardian, na COP 15, no início de dezembro, em Copenhage: http://www.guardian.co.uk/commentisfree/video/2009/dec/15/copenhagen-climate-summit-vegetarian.

Marly defende que, para que o país atinja a meta voluntária de redução de 40% de emissão de CO2 é necessário políticas que incentivem uma alimentação não pautada na carne, ao invés de promover a expansão da criação e exportação de carne bovina.

Chove chuva

Cada um tem uma interpretação do que vê no céu. Outro dia, por exemplo, uma amiga de Sampa esteve aqui em Santos, em um desses dias de calor infernal. No cair da tarde, quando o céu ficou pintado de azul turquesa e rosa, a observação dela foi em relação à beleza do pôr do sol. Pra nós, que vivemos aqui, "lemos" essa informação como um dia seguinte de MUITO calor, difícil de conviver.

Posso me atrever a dizer que com a chuva é o mesmo. As plantas agradecem a água. Nós, seres humanos que fizemos outro uso do solo, rezamos para que não chova demais para não testemunhar mais tragédias de deslizamento de morros.

Como bem lembrou a Andrea, no Nove Cidades, há semelhanças entre a Baixada Santista e o Rio de Janeiro, por conta da ocupação irregular das áreas de encosta dos morros.

Deve-se lembrar, porém, que a própria cidade tem expulsado a população mais carente para essas áreas, pois está cada vez mais alto o valor dos imóveis na área urbana. O déficit de moradias de interesse social, na Baixada, já chega a mais de 30%, conforme dados das prefeituras.

Sem opção, por falta de políticas públicas, restam as áreas sensíveis, de risco. Risco para si, para o meio ambiente e para a cidade.
E como as mudanças climáticas SÃO UMA REALIDADE, vamos ser obrigados e ver novamente cenas de destruição por conta da ocupação desordenada.