segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Congresso UCs - Curitiba

A sexta edição do Congresso Nacional de Unidades de Conservação, que acontece a cada dois anos, ocorreu em Curitiba de 20 a 24 de setembro, e levou o tema Mudanças Climáticas para discussão.

Conforme o noticiário sobre o evento e as notícias no site oficial, o pagamento por serviços ambientais foi um tema que gerou bastante interesse, uma vez que é a prática do valor da floresta em pé, como se costuma dizer. O aumento de temperatura foi outro tópico abordado, pois a sobrevivência de algumas espécies fica comprometida com o agravamento do aquecimento global.

Olhar para as Unidades de Conservação e seu uso sustentável, diante da Crise Climática, é um desafio a ser enfrentado. Na região, com o aumento do nível do mar e seu aquecimento, é preciso atenção com as APAS Marinhas, o Parque Laje de Santos, e ainda as comunidades pesqueiras que vivem da pesca na região.

Definir Restinga

Folha Imagem
Cabe ao Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), nos próximos dias 20 e 21 de outubro, em reunião de caráter extraordinário do Conselho, a discussão de proposta de resolução sobre parâmetros básicos para a definição de vegetação primária e dos estágios sucessionais secundários da vegetação de restinga na Mata Atlântica.

Como a confusão fica porque cada um entende de uma maneira o que vem a ser restinga, depois de anos o Conama tem na pauta essa discussão tão importante para a nossa região. Vale lembrar que Itaguaré, em Bertioga, é a última área de restinga primária em Mata Atlântica com tal extensão. Em março deste ano, a repórter Afra Balazina fez uma reportagem sobre Itaguaré como alvo de disputa entre ambientalistas e mercado imobiliário. Vamos ver no que vai dar.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Meio Ambiente e Saúde

Acontece amanhã (26), em Santos, a 1ª Conferência Municipal de Saúde Ambiental. O objetivo é discutir o enfrentamento das ameaças à saúde por conta da degradação e contaminação do meio ambiente. Das 9h às 12h, na Associação dos Médicos de Santos, Av. Ana Costa, 388, Gonzaga.

Ainda sobre árvores

Em reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano de Santos (CMDU), dia 23, foi apresentado o Plano de Arborização para a cidade, dentro das atividades do programa Município Azul e Verde, do Estado de São Paulo.

Durante a apresentação foram mostrados alguns problemas enfrentados pelo Departamento de Parques e Áreas Verdes (DEPAV) quanto ao plantio e manutenção de mudas e árvores, espécies inadequadas para áreas da cidade, vandalismo e perda de espécies.

Flagra de anelamentoUm dos maiores problemas, conforme os relatos, é a falta de consciência de parte da população que depreda as árvores de diversas formas, desde a simples colocação de placas até o anelamento, que consiste em fazer uma poda superficial da camada do tronco em torno na árvore, impedimento a chegada de nutrientes às raízes, levando a espécie à morte. Conforme dados da prefeitura, mais de mil mudas são perdidas por vandalismo.

Para dar início à elaboração do Plano de Arborização, haverá ainda um inventário detalhado da população vegetal da cidade. Os dados existentes hoje em Santos Digital, com fotos locais e de satélite, são de 2002, e serviram parcialmente de base para o estudo de áreas verdes de Santos, realizado por um grupo de pesquisadores da Universidade Santa Cecília, divulgado no Dia do Meio Ambiente.

Para Alexandra Sampaio, integrante do grupo de estudo das áreas verdes, o município continua em desequilíbrio com áreas (bairro Campo Grande) com índice de área verde menor do que 0,8 por habitante por metro quadrado, sendo que o ideal é 15, sugerido pela Sociedade Brasileira de Arborização Urbana (SBAU).

Por hora, a prefeitura apresentou as diretrizes do plano, com objetivos e sugestões de mudanças como a possibilidade de compensação ambiental de empreendimentos em áreas públicas e privadas e ainda a possibilidade de o munícipe realizar a poda de árvore em frente a sua residência, com autorização da prefeitura através de ofício.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Quero minha parte em árvore!

Divulgação
Hoje, Dia da Árvore, algumas ações de plantio acontecem no país. Em Peruíbe, a prefeitura se mobilizou para entrar no livro dos recordes na categoria “Plantio Simultâneo em Menos Tempo”. Foram plantadas simultaneamente duas mil mudas de árvores floríferas em apenas 40 segundos, em toda a extensão da principal avenida da cidade, a Padre Anchieta.
Assista matéria na TV Tribuna.

Em Santos, pouco a comemorar, como mostra o estudo da Universidade Santa Cecília (Unisanta) sobre o índice de arborização bairro a bairro. Segundo a Sociedade Brasileira de Arborização Urbana (SBAU), o recomendado é 15 metros quadrados por habitante. Em alguns bairros, como Campo Grande, o índice não atinge sequer 1. Conforme o estudo, os morros estão compensando a aridez da cidade, cada vez menos arborizada.

Nesta quarta-feira, a prefeitura de Santos apresenta seu plano de arborização para a cidade, na reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano (CDMU), que acontece às 9 horas, na Associação Comercial de Santos, na Rua XV de Novembro, nº 137, Centro. Hora de pedir nossa cota de árvore por habitante.

sábado, 19 de setembro de 2009

Laje de Santos


Acontece amanhã (20), em São Paulo, às 19h, o lançamento do livro Laje de Santos, Laje dos Sonhos, de autoria de Guilherme Kodja, do Instituto Laje Viva. O livro mostra com imagens a biodiversidade da Laje de Santos, o primeiro e único parque marinho dentre as Unidades de Conservação do Estado de São Paulo.

Segundo os mergulhadores brasileiros e estrangeiros que frequentam o local, o parque ocupa o quinto lugar na preferência nacional de pontos de mergulho.

Lançamento Laje de Santos, Laje dos Sonhos
Domingo, 20/09, 19 horas
Casa das Caldeiras
Av. Francisco Matarazzo, 2000
Água Branca, SP
Site do projeto: www.lajedossonhos.com.br

Qual a nossa identidade?

A Tribuna
A roda de conversa no caminhão da exposição itinerante da SOS Mata Atlântica, que ocorreu ontem (18), na Plataforma do Emissário Submarino, em Santos, reuniu desde representantes do poder público, como o assessor do secretário de Meio Ambiente, Joarez Ramos da Silva, vereador Fabião Nunes, o coordenador dos parques Aquário e Orquidário, Marco Antônio Francisco, Fabio Motta, do SOSMA, Tatiana Neves, do projeto Albatroz, eu mesma, coordenadora de formação do NJA, e o segmento acadêmico, com Dênis Abessa, da Unesp SV, e Roberto Borges, da Unisanta, Paulo Garreta, UniSantos, até cidadãos interessados.

Entre muitos tópicos abordados, falou-se sobre as consequências da falta de planejamento a longo prazo para o gerenciamento dos dejetos. Desde sempre, a postura foi a de reação a problemas, como lembrou Abessa citando o exemplo da construção dos Canais de Santos, há 100 anos, com o intuito de dirimir a expansão de doenças contagiosas.

Na opinião de Garreta, a opção pela construção de emissários só transfere o problema para a Zona Costeira, pois não sabemos quais as consequências de despejar o esgoto no mar, principalmente levando-se em conta que há os rejeitos de hospitais, oficinas mecânicas, entre outros tipos de estabelecimentos que aumentam a toxidade dos rejeitos da cidade no sistema de esgoto urbano.

Há uma pressão sobre as praias da região e da cidade, por conta de vários fatores, entre eles a explosão imobiliária e as substâncias químicas provenientes da dragagem de aprofundamento do Canal do Estuário e a água de lastro (que traz espécies exóticas à costa, além de substâncias tóxicas, conforme estudos apresentados no Meeting Vida Marinha).

Em tempos de revisão de plano diretor, destacado pelo assessor da secretaria de Meio Ambiente, o momento é de participação popular para uma cidade com mais qualidade de vida. Por outro lado, Borges, da Unisanta, apontou que vivemos uma crise de identidade vocacional. Não sabemos mais se nossa vocação é Porto, Turismo, Petróleo. Falando em Petróleo, Fabião chamou a atenção para o ufanismo que vivemos na região, com a descoberta do pré-sal, afirmando que estamos na contramão do mundo, que busca formas de energias renováveis.

As atividades da exposição itinerante continuam no Emissário até domingo, às 16 horas, com ações de educação ambiental, informação sobre os programas da SOS Mata Atlântica e Projeto Albatroz.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Hora de acordar

No dia 21 de setembro, em várias partes do país, pessoas vão realizar flash mobs, seminários, palestras, caminhadas, plantio de árvores, ações pelo Dia sem Carro, como parte da Campanha de Ações Globais pelas Mudanças Climáticas, Tic Tac Tic Tac.

Em Santos, a Fundação SOS Mata Atlântica está de plantão na Plataforma do Emissário Submarino, a partir desta sexta-feira, com sua exposição itinerante. Às 15 horas acontece a roda de conversa sobre a qualidade das águas das praias, mediada pelo pesquisador da Unesp SV Denis Abessa.

Alinhado com a Campanha, o Espaço Unibanco, do Shopping Miramar, vai participar do lançamento mundial de A Era da Estupidez (Age of Stupid) , dia 22, às 19 horas, juntamente com 45 países.

O Núcleo de Jornalismo Ambiental Santos e região (NJA) prepara sua ação, que será divulgada nas próximas horas. Acorde e participe, chame a atenção do poder público sobre assumir metas reais na Conferência das Partes (CoP-15) em Copenhague, em dezembro.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Sacola, não obrigada!

Na contramão do processo de sustentabilidade, a Associação Brasileira da Indústria de Embalagens de Plásticos Flexíveis lança campanha a favor do uso das famigeradas sacolinhas plásticas. Tudo bem que é válido dizer que o uso do plástico deve ser responsável e tal, mas tirar dar ao consumidor a impressão de que está agindo com postura ambiental correta optando por esse tipo de embalagem já é uma afronta a nós educadores ambientais e ambientalista na luta.

Sou mais o empresariado que diz que Saco é um saco. São 15 empresas, entre elas a CPFL, fazendo coro. No Brasil, atualmente são consumidas 12 bilhões de unidades por ano. Haja saco!

Eu desde sempre respondo e vou continuar: Sacola, não obrigada! Pensar que vou descartar algo que vai levar mais de 100 anos para decompor me deixa com uma dívida imensa com o Planeta. Aqueles que acompanham minha campanha a favor da sacola retornável, com a criação das sacolas Carbono Zero, há dois anos, e os que assistiram a alguma das palestras sobre Cidadania Planetária, compreendem minha inquietude.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A Mata Atlântica é aqui

A Fundação SOS Mata Atlântica traz a Santos o projeto “A Mata Atlântica é aqui – exposição itinerante do cidadão atuante” entre os dias 16 e 20. Trata-se de um caminhão adaptado que ficará nos dias 16 e 17 no Jardim Botânico Chico Mendes, na Zona Noroeste, e entre os dias 18 e 20 na Plataforma do Emissário Sumarino, no José Menino.

No Jardim Botânico, às 15 horas, haverá Trilha Cega, uma atividade para conhecer a fauna e flora do parque a partir dos sentidos. Já no Emissário, no dia 18 acontecerá uma Roda de Conversa sobre a poluição das praias com a presença do Prof. Denis Abassa (UNESP – São Vicente), às 15 horas. Durante toda a programação haverá atividades lúdicas e no fim de semana a ação integra o Dia Mundial de Limpeza das Praias.

domingo, 13 de setembro de 2009

O mar não está para peixe

Já que nas bandas de cá resolvemos olhar para o mar, e o governo federal realiza uma campanha maciça incentivando o consumo de peixe, vale lembrar que há de se pensar antes de sair às compras. É que algumas espécies já estão com estoque ameaçado por conta da sobrepesca.

Para não agravar ainda mais a situação e aproveitar o melhor que o alimento pode oferecer, basta consultar uma lista que foi elaborada pelo Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte), de Santos, o Guia de Consumo de Pescado Responsável. Sinal Verde para manjuba, garoupa, robalo, e outros mais. Porém, Sinal Vermelho para atum, badejo, lagostim e a lista segue.

sábado, 12 de setembro de 2009

Quem paga a conta ambiental do pré-sal?

Estou me sentindo em plena era JK com os anúncios de progresso advindos da exploração da Bacia de Santos, pré-sal e afins. União, estados e municípios estão mais preocupados com os marcos regulatórios e deixam para depois as discussões que deveriam acontecer agora. Quem vai arcar com os passivos ambientais gerados com a extração de petróleo e gás da camada do pré-sal?

O Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que cobraria o presidente Lula uma parcela dos royalties para investimento em ações ambientais, no dia 30 de agosto.

Foto Greenpeace/Felipe BarraFazendo a retrospectiva, quem chamou para a discussão mais aprofundada sobre o passivo do pré-sal foi o Greenpeace, com o protesto pacífico em Brasília, dia 31 de agosto, no lançamento do marco regulatório para a exploração do pré-sal.

Pegando carona, o governador de São Paulo, José Serra, criou uma comissão mista para analisar impactos do pré-sal, conforme decreto do dia 9. Participam da comissão representantes das secretarias de Desenvolvimento, Economia e Planejamento, Fazenda, Casa Civil, Transportes, Meio Ambiente, Ensino Superior e Saneamento e Energia, além de Unicamp, USP e Unesp, e sociedade civil com Fiesp (Federação das Industria do Estado de São Paulo), Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos).

Fazendo uma pesquisa rápida no Google, "impactos pre sal" quase todos os retornos dão conta da questão socioeconômica e uns minguados falam da discussão ambiental, de como estamos na contramão da história cavando poluição ao invés de priorizar energias limpas. Uma reportagem que toca nesse ponto é da Info Online, mostrando a tecnologia por traz da devolução de CO2 para o solo após a extração do petróleo, e pontua as posições do Greenpeace e WWF sobre o passivo ambiental.

E assim caminha a humanidade...

Enquanto isso, aqui em São Vicente, A Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp) acaba de lançar o projeto "Núcleo de Estudos Avançados do Mar: Um olhar para o pré-sal", que desenvolverá estudos nas áreas de Geologia, Oceanografia, Recursos Naturais, Recursos Pesqueiros e Meio Ambiente com o apoio do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT).

Antecipando a COP-15

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) organizou na últim aquinta-feira (10) um encontro para debater a posição da iniciativa privada para a 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima (COP 15) a ser realizada entre os dias 7 e 18 de dezembro, em Copenhague.

O encontro contou com a presença do ministro do Meio Ambiente da Dinamarca, Troels Lund Poulsen, que defendeu o uso do etanol brasileiro na Europa como forma de mitigação dos gases de efeito estufa (GEE) que agravam o aquecimento global.

Já o vice-presidente da Fiesp, João Guilherme Sabino Ometo, defendeu que o Brasil não deve se comprometer com metas ambiciosas, indo contrário ao movimento ambientalista que exige justamente um compromotimento real com a redução de CO2 e demais GEEs, conforme o movimento Tic Tac Tic Tac, da Campanha Global de Ações pelo Clima (GCCA) e Greenpeace.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Cobertura ambiental

A Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi), com apoio da Embaixada Britânica no Brasil, lançou no dia 9 uma análise sobre a cobertura das mudanças climáticas pelos veículos de comunicação, disponível no site. Entre os vários pontos em destaque, conclui-se que o tema passou a ser tratado nacionalmente, e não mais como uma realidade longínqua, em um continente distante. Vale a pena ler com atenção.

Repassando

Nos últimos meses venho coletando informações, trabalhando para influenciar nas Políticas Públicas na cidade, acreditando que ainda há tempo para reverter a situação da crise climática.

Dentre algumas atuações, muitas vezes por conta do Núcleo de Jornalismo Ambiental Santos e região (NJA), destaco a participação nas discussões do Plano Diretor Participativo de Santos, Câmara Técnica de Comunicação e Educação Ambiental da APA Marinha Litoral Centro (APAMLC) e Planejamento Estratégico Ambiental do Litoral Paulista.

Aos amigos que estranharam a ausência neste espaço, senti que era hora de agir e dei prioridade a isso. Agora, retomo fôlego para a reflexão sobre as ações.

Sejam bem-vindos.

Hiatos

Fui, vi e continuo no caminho, sempre em frente.