Estou me sentindo em plena era JK com os anúncios de progresso advindos da exploração da Bacia de Santos, pré-sal e afins. União, estados e municípios estão mais preocupados com os marcos regulatórios e deixam para depois as discussões que deveriam acontecer agora. Quem vai arcar com os passivos ambientais gerados com a extração de petróleo e gás da camada do pré-sal?
O Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que cobraria o presidente Lula uma parcela dos royalties para investimento em ações ambientais, no dia 30 de agosto.
Fazendo a retrospectiva, quem chamou para a discussão mais aprofundada sobre o passivo do pré-sal foi o Greenpeace, com o protesto pacífico em Brasília, dia 31 de agosto, no lançamento do marco regulatório para a exploração do pré-sal.
Pegando carona, o governador de São Paulo, José Serra, criou uma comissão mista para analisar impactos do pré-sal, conforme decreto do dia 9. Participam da comissão representantes das secretarias de Desenvolvimento, Economia e Planejamento, Fazenda, Casa Civil, Transportes, Meio Ambiente, Ensino Superior e Saneamento e Energia, além de Unicamp, USP e Unesp, e sociedade civil com Fiesp (Federação das Industria do Estado de São Paulo), Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos).
Fazendo uma pesquisa rápida no Google, "impactos pre sal" quase todos os retornos dão conta da questão socioeconômica e uns minguados falam da discussão ambiental, de como estamos na contramão da história cavando poluição ao invés de priorizar energias limpas. Uma reportagem que toca nesse ponto é da Info Online, mostrando a tecnologia por traz da devolução de CO2 para o solo após a extração do petróleo, e pontua as posições do Greenpeace e WWF sobre o passivo ambiental.
E assim caminha a humanidade...
Enquanto isso, aqui em São Vicente, A Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp) acaba de lançar o projeto "Núcleo de Estudos Avançados do Mar: Um olhar para o pré-sal", que desenvolverá estudos nas áreas de Geologia, Oceanografia, Recursos Naturais, Recursos Pesqueiros e Meio Ambiente com o apoio do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT).
sábado, 12 de setembro de 2009
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Um comentário:
Luz, estava pesquisando sobre os impactos ambientais ocasionados pela exploração do pré sal e achei seu blog. Na próxima visita a São Vicente sei a quem pedir indicações sobre atividades ecológicas na região. Abraços.
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