terça-feira, 31 de julho de 2007

Troca de lâmpada

Embora os Estados Unidos não tenha assinado o Protocolo de Kyoto, que prevê o compromisso das nações de diminuir a emissão de gases poluentes que produzem o efeito estufa, há várias ações de ONGs que aliviam um pouco esse impasse político.

A dica do Instituto Akatu é o movimento chamado 18 seconds, que tomou força na internet e tenta convencer os cidadãos de trocar as lâmpadas tradicionais por fluorescentes econômicas, com o objetivo de diminuir os impactos do aquecimento global. O nome refere-se aos segundos que um indivíduo leva para trocar uma lâmpada.

Lançado em 1º de janeiro de 2007, o hotsite mostra quantas lâmpadas econômicas foram compradas naquele país desde então. De acordo com os cálculos do site, os EUA deixaram de emitir mais de 31 bilhões em CO2 com a troca das lâmpadas até o momento presente. É possível ainda ver o ranking de eficiência por estados.

No Brasil, em tempos de pós-apagão, conhece-se bem a diferença no final do mês na conta de luz com a troca por lâmpadas econômicas. Além de eficientes em termos ambientais, por produzirem mais energia e menos calor, duram em média 4 anos, contra alguns meses das convencionais.

Sacolas ecológicas vetadas em Sampa

A adoção obrigatória de sacolas plásticas ecológicas em São Paulo foi vetada pelo governador José Serra (PSDB). O projeto de lei 534/07, que determinava que os estabelecimentos comerciais utilizassem plástico oxibiodegradável (OPB), foi descartado. O veto foi publicado no Diário Oficial do Estado na última sexta-feira (27).

A obrigatoriedade está suspensa, mas o compromisso dos estabelecimentos com o meio ambiente não. O cidadão também faz sua parte levando de casa sua(s) sacola(s). Na Europa, paga-se pelas sacolas em supermercados e nos Estados Unidos escolhe-se a opção papel ou plástico e as grandes redes, como Publix, possuem usina de reciclagem, como o Pão de Açúcar, no Brasil.

Enquanto isso, no Paraná, a lei está em vigor desde 16 março deste ano. O processo foi impulsionado pela Fundação Verde (Funverde) no município de Maringá, naquele estado, como mostra o vídeo exibido no telejornal local da Globo (no site Folha Verde)

Conforme informações técnicas do Senai do Rio Grande do Sul, para a produção das sacolas oxibiodegradáveis é utilizado o aditivo d2w®, que atua fragilizando as ligações entre átomos e moléculas. Com isso, o produto torna-se sensível à luz solar, umidade, temperatura, e digerível por microorganismos presentes no meio ambiente. Inicia-se, então, o processo de degradação natural, em tempo reduzido de apenas 18 meses. O plástico comum, como o conhecemos, pode levar até 500 anos para se decompor, dependendo de sua densidade.

OBS. O parecer do veto pode ser lido no site da Imprensa Oficial. Basta escolher o dia (27/07/07) e no navegador do DO clicar na opção “Executivo – caderno1”. Para paginar, use as setinhas. O texto está na página 8.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Fundação SOS Mata Atlântica

A Lei 11.428 que trata da utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica foi publicada em 22/12/2006. Para que não caia no esquecimento, a Fundação SOS Mata Atlântica encomendou à Agência F/Nazca esse filme. Mais detalhes sobre a lei: http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11428.htm

Haja árvore!

Segundo estimativas do Ministério de Ciência e Tecnologia, o Brasil libera 1 bilhão de toneladas de CO2 na atmosfera. Com esses dados, o País detém o título de 4º maior emissor de gás carbônico no planeta. Tudo isso por conta do desmatamento e das queimadas realizadas na Amazônia.

Já pensou quantas árvores deveriam ser plantadas para compensar tamanha poluição? Mas as florestas não são depredadas sem motivo. Há demanda por madeira na construção civil, indústria moveleira, entre outros setores.

Um simples olhar em volta é suficiente para saber o quanto consumimos nossas florestas: mesas, papel sulfite, jornal, lápis, palito de sorvete e a lista segue. Na próxima ida ao supermercado, experimente ler o rótulo da embalagem para saber a procedência da matéria-prima.

Algumas empresas trabalham com madeira proveniente de florestas de manejo ou reflorestamento. A floresta de manejo é sustentável, pois alterna as áreas de plantio e não esgota o solo, o que não acontece necessariamente no reflorestamento.

domingo, 29 de julho de 2007

Vaticano carbon-free

O menor país do mundo dá exemplo e em breve ganhará o título de Estado livre de emissão de gás carbônico. A compensação acontecerá com a plantação de uma floresta em território húngaro no próximo ano.

E não se trata apenas de compensar, mas de reduzir também. O Vaticano anunciou ainda que vai adotar a energia solar e substituir o teto de concreto da Sala Paulo VI por painéis fotovoltaicos, que geram energia limpa para a iluminação, o sistema de calefação e refrigeração do espaço.

O Vaticano possui uma população de cerca de mil habitantes em um território de meio quilômetro quadrado. O tamanho da floresta plantada no Parque Nacional Bukk, na Hungria, será determinado pelo cálculo de produção de CO2 no Vaticano em 2007.

Entretanto, o país não é signatário do Protocolo de Kyoto.

Turismo ecológico e neutro em carbono

Os deslocamentos são grandes responsáveis pelas emissões de poluentes na atmosfera, principalmente para um país de dimensões continentais como o nosso. Mas para desbravar o mundo é necessário ir e vir.

Para que o impacto desse trajeto seja minimizado, já existem operadoras de turismo que oferecem a opção de neutralizar o carbono emitido na viagem. O projeto Viagem Limpa e Consciente, da Ambiental Expedições em conjunto com a Fundação SOS Mata Atlântica, prevê o cálculo de emissão de gás carbônico dos roteiros e convida os próprios passageiros a plantarem mudas de árvores nos passeios.

Só por hoje

O que você fez hoje para diminuir a emissão de gás carbônico na atmosfera? Todo dia é dia de ajudar o planeta a respirar melhor, lembre-se disso. Por isso:
- feche a torneira enquanto escova os dentes;
- ao lavar a louça, mantenha a torneira fechada até o enxagüe;
- separe o óleo de fritura após o uso e não descarte na pia;
- tome banhos curtos;
- apague as luzes depois que deixar um ambiente;
- faça mais percursos a pé ou de bicicleta.

Sua contribuição é essencial para um mundo mais sustentável.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Papel reciclado por decreto

Há anos as empresas vêm migrando para o uso de papel reciclado em seus documentos. É possível encontrar de embalagens de gelatina a talões de cheques produzidos a partir de papel reciclado.

E hoje, ainda que com defasagem, a prefeitura de Santos anuncia que adotou o papel reciclado para impressão de documentos, correspondências ou ato oficial, conforme decreto nº4871 publicado no Diário Oficial (página 2 do PDF).

Segundo estudo divulgado recentemente pelo Compromisso Empresarial para a Reciclagem, Cempre, o País reciclou 46,9% de 3,4 mil toneladas de papéis recicláveis consumidos em 2005, conforme dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel/Bracelpa. A taxa de recuperação chega a 64% nas regiões Sudeste e Sul onde localizam-se os principais fabricantes de papel.

Mas o nível de produção de papel continua crescendo. Os dados da Bracelpa mostram que de janeiro a maio de 2007 fabricou-se 1.043.173 toneladas de papel somente para impressão e escrita. No mesmo período do ano anterior a produção foi de 1.028.687 toneladas.

Papel: use com moderação

Reutilização de papel é algo que faz parte da minha vida desde a infância. Minha mãe, sem saber, educou os filhos com essa consciência e em casa sempre usávamos o verso do papel.

Onde vou, tento convencer a todos de que é uma boa idéia reaproveitar o sultite já usado. Faço bloquinhos de anotações com as impressões que seriam descartadas e distribuo entre as pessoas que trabalham comigo.

Mas o ideal mesmo é pensar antes de mandar imprimir um arquivo. Planejamento é a chave, sempre. Calcular as margens, rever o texto, certificar-se de quantas cópias realmente precisa.

"Antes de imprimir, pense no seu compromisso com o meio ambiente."

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Árvore de presente


O Orkut tem lá suas comunidades super bacanas. Uma delas que encontrei por acaso foi Pode ser uma árvore? 1 tree 4U. O dono da comunidade sugere que você presenteie seus amigos com árvores, pois além de ajudar o planeta a absorver CO2, pode servir de casa para outras espécias. Desde 30 de março já agregou 2.472 participantes.

Para plantar uma árvore pela internet, acesse Click Árvore. A foto é de uma árvore de babosa. Belíssima.

Camisetas de garrafas PET

Com quantas garrafas PET se faz uma camiseta? Duas. Dois refris vazios e algodão e temos uma peça eco-eficiente pra vestir. A eficiência vem da diminuição dos impactos ambientais na produção. Seguindo a regra dos três Rs (reduza, reutilize e recicle), recolhe-se às fábricas o que seria descartado e transforma-se em um novo produto.

O processo de transformação de PET em fio de poliéster acontece em três etapas. Depois de recolhidas, as garrafas são lavadas e separadas por cores, retiram-se rótulos e tampas. Após a secagem, passam por fusão à temperatura de 300º C e, em seguida, filtragem. Para a produção da fibra, é necessária uma nova fusão e equipamentos a separam em filamentos. Por último, realiza-se a estiragem, transformando a fibra em fio. As peças de vestuário recebem 50% do fio reciclado (poliéster) e 50% algodão.

Há uma evolução constante de tecnologias que proporcionam novas aplicações para o PET reciclado, conforme informações do Cempre, Compromisso Empresarial para a Reciclagem. A associação aponta ainda que 47% das embalagens pós-consumo foram efetivamente recicladas em 2005, totalizando 174 mil toneladas.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Cidades Verdes

Um site de jornalismo ambiental chamado Grist fez uma lista de cidades verdes no mundo. Curitiba foi a eleita no Brasil, por conta do transporte público eficiente e por dispor de 580 metros quadrados de área verde por habitante. A lista completa você acessa aqui.

Pra não dizer que a cidade de São Paulo é cinza total, desde 3 de julho todas as edificações com mais de três banheiros devem prever a instalação de placas de captação de energia solar para aquecimento de água. Com a energia limpa, diminui-se a emissão de CO2.

Santos já foi mais verde em outros tempos, mas mantemos a coleta seletiva de lixo, ONGs atuantes defendem as questões ambientais e pessoas de bom senso preferem andar a pé ou de bicicleta pela cidade, pois as distâncias são relativamente curtas.

Diminuindo emissão de carbono

Vários sites apontam dicas de como minimizar os impactos da emissão de CO2 na atmosfera. Adaptei algumas do site Native Energy que podem ser aplicadas por qualquer um de nós. Lá há também medidas a longo prazo de mudança de comportamento para reduzir a liberação de gás carbônico.

Em casa:
- Tire da tomada os aparelhos que não usa;
- Desligue os aparelhos, evitando a função stand-by;
- Remova o pó da grade traseira da geladeira para que ela funcione com eficiência;
- Escolha eletrodomésticos que consumam menos energia;
- Diminua o tempo do banho e regule a temperatura do chuveiro de acordo com as estações.

Transporte:
- Use transporte coletivo;
- Pratique carona solidária;
- Use carros com combustíveis menos poluentes, como álcool;
- Utilize a bicicleta como meio de transporte.

Consumo:
- Evite produtos com embalagens individuais;
- Privilegie embalagens recicláveis ou recicladas;
- Dê preferência a embalagens reutilizáveis;
- Inclua na sua lista alimentos orgânicos, que dispensam agrotóxico.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Força da mulher

Uma em cada três mulheres é chefe da família no País, segundo informações do IBGE. Portanto, nós temos a faca e o queijo na mão quando o assunto é educação ambiental. O que os filhos aprendem em casa norteiam o comportamento na fase adulta. Somos responsáveis por ensinar sobre consumo consciente, que envolve questões mais abrangentes do que reciclagem.

E se não temos filhos, temos família, amigos, vizinhos, seres planetários que também podem contribuir para um mundo mais verde e sustentável. Sempre é tempo pra aprender e rever nossos conceitos.

Tudo começa pelo questionamento das necessidades. Por que comprar, quando comprar e como comprar? O Instituto Akutu pelo consumo consciente defende justamente a idéia. Há um guia sobre ensinamentos de consumo consciente para ser baixado a partir do site:

Doze Princípios do Consumidor Consciente – Guia de Bolso


Pra refletir: “Consuma sem consumir o mundo em que você vive” – Instituto Akatu

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Calculadora de CO2

Calcule sua emissão individual de gás carbônico no planeta no site da Iniciativa Verde:
http://www.thegreeninitiative.com/calculator/pt/calculator.php

Propaganda do Green Peace - My Way

Qual é a herança que você vai deixar para as próximas gerações?

Menos plástico, por favor.

Você realmente precisa de sacolas plásticas pra carregar suas compras? Já reparou quantas delas você leva pra casa em uma simples ida ao supermercado? Sacolas pra embalar legumes, frutas, verduras, depois de ensacadas vão pra dentro de sacolas e mais sacolas, um verdadeiro desperdício. Lembre-se que a base do plástico é o petróleo, combustível fóssil não-renovável.

É hora de rever nossos conceitos. Ao invés de usar as mil sacolinhas, é mais fácil levar uma sacola de lona ou de feira para suas compras. Práticas, não arrebentam e são ecologicamente corretas. Por serem retornáveis, não correm o risco de ir parar no lixão e degradar o meio ambiente, já que o plástico demora mais de 100 anos para se decompor.

Outra sugestão é levar engradados de PVC para acondicionar os produtos. Dobráveis, eles cabem em qualquer cantinho do porta-malas e quebram um galho, principalmente se sua lista incluir pacotes pesados, que precisariam de várias sacolinhas.

Responsabilidade ambiental

Pratique os 3 Rs: reduza, reutilize, recicle. De preferência, nesta ordem. Ao reduzir, você polui menos. Quando você reutiliza, inventa novos usos a embalagens que ainda têm vida útil. Ao final, separe o lixo orgânico do material reciclável. Se sua cidade não possui um programa de reciclagem, cobre de seus representantes. Em Santos, existe coleta seletiva há mais de 10 anos. Confira lista dos bairros e horários a seguir e faça sua parte.

http://www.santos.sp.gov.br/frames.php?pag=/meioambiente/meioambiente.php

Sim, é problema nosso

Não dá pra continuar achando que o aquecimento global não é problema nosso, que os governos devem resolver. Sim, o setor político tem sua responsabilidade, mas cabe a cada um de nós, como habitantes desse planeta, sermos mais solidários e conscientes.

Quem ainda não assistiu ao documentário "Uma Verdade Inconveniente", do ex-vice-presidente americano Al Gore sobre aquecimento global, não perca. Embora os dados apresentados não sejam novidades em si, colocados da forma que estão desenham uma situação pra lá de assustadora.

Conforme aponta Al Gore, é uma questão moral, não simplesmente política. E se temos opções para diminuir a emissão de dióxido de carbono na atmosfera, e minimizar o aquecimento global, vamos usá-las. Um gesto simples como separar o lixo seco do orgânico já é bem-vindo. Vale lembrar que o Brasil é o campeão de reciclagem de latas de alumínio. Com isso, utilizamos menos energia e poluimos menos para produzir as embalagens.

Há inúmeras formas de minimizar a emissão de gases poluentes, basta estar interessado. Afinal, que planeta você quer deixar para as próximas gerações? A seguir, o link do Yahoo! Filmes sobre Uma Verdade Inconveniente e, abaixo, o link para o projeto que engloba o filme.

http://br.cinema.yahoo.com/filme/13687/umaverdadeinconveniente
http://www.climatecrisis.net/