O seminário Mudanças Climáticas Globais: as conseqüências para o Litoral Paulista, liderado pela frente parlamentar pró Agenda 21 do Estado de São Paulo, aconteceu hoje, aqui em Santos, e reuniu diversos técnicos, entidades representativas e ONGs para discutir o tema.
Divido em três mesas redondas, o seminário apresentou com detalhes os estudos realizados na região sobre os impactos locais da aceleração do aquecimento global. Com base em dados técnicos e precisos, pode-se partir para elaboração de políticas públicas capazes de lidar com o problema.
Durante as quase 10 horas de debate, a tônica que prevaleceu foi a da necessidade de se fazer um mapa das vulnerabilidades locais às mudanças do clima. Outro ponto destacado por vários palestristas foi a adoção de duas posturas em conjunto, a da mitigação da emissão de gases e a adaptação ao novo quadro climáticos que se apresenta.
A mesa de abertura foi coordenada pela deputada Maria Lucia Prandi (PT), como representante da frente parlamentar em apoio à Agenda 21. Participaram também Danielle de Araújo Magalhães, da Coordenadoria Geral de Mudanças Globais de Clima, Ministério da Ciência & Tecnologia (MCT), João Wagner da Silva Alves, coordenador do Proclima da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Sourak Aranha Borralho, do Comitê Organizador da Conferência de Meio Ambiente, Nina Orlow, da Rede das Agendas 21 do Estado de São Paulo, e Nilo Sergio Diniz, do Conselho Nacional do Meio Ambiente. O tema foi "A participação das instituições governamentais na prevenção, adaptação emitigação dos impactos das mudanças climáticas".
Na segunda mesa, cujo tema era "Os impactos ambientais e sociais para o Litoral Paulista", as apresentações foram bastante técnicas. Teve como coordenador Antônio Carlos Diegues, do Núcleo de Apoio sobre Populações e Áreas Úmidas Brasileiras, da USP, e colaboraram Gilvan Sampaio, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC), Célia Regina de Gouveia Souza, do Instituto Geológico da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, e Emília Arasaki, do Centro Técnico de Hidráulica da USP.
A terceira e última mesa discutiu "Propostas e participação da sociedade civil para o enfrentamento das mudanças climáticas globais" e foi coordenada por Daniel Turi, da Rede das Agendas 21 do Estados de São Paulo. Participaram da mesa Rubens Harry Born, do Instituto Vitae Civilis, Miriam Dualibi, do Instituto Ecoar, Luiz Piva, do Greenpeace, Eduardo Hipólito do Rêgo, da Agência Brasileira de Gerenciamento Costeiro e, para encerrar o debate, Condesmar Fernandes de Oliveira, da Rede Caiçara Ecossocialista.
Pela pluralidade de vozes percebe-se que o encontro foi rico em informações, estudos e reflexões sobre a questão. Uns mais técnicos, outros mais voltados ao âmbito social do problema, fica a mensagem que é necessário haver preparação para a nova condição climática e que o Brasil possui tecnologia para diminuir os impactos. Resta saber qual será a opção e as políticas públicas que vão sustentar as ações.
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